Uma classificação de risco com critérios adequados à realidade da comunidade evita agravamentos de situações de risco, expande o olhar não só para o risco biológico, mas para os riscos sociais tão frequentes na atenção básica. A classificação de risco pode ocorrer de variadas formas, de acordo com a organização da equipe e as necessidades da comunidade. A estratificação do risco dos usuários tem por função não só orientar a oferta do cuidado, mas principalmente o tempo em que isso deve ocorrer. Os resultados esperados são a diminuição do tempo de sofrimento das pessoas e o privilégio do acesso a partir do princípio da equidade, ao contrário das tradicionais filas e cotas de consultas diárias.
Como um exemplo de classificação de risco, podemos citar a escala de Coelho, que trata-se de uma escala elaborada para medir o risco familiar, baseado na Ficha A do SIAB, por meio da qual alguns aspectos são avaliados na primeira visita domiciliar realizada pelo ACS. Os aspectos de maior relevância/pontuação são escolhidos em reunião de equipe de acordo com a particularidade da comunidade a ser avaliada. Aplicada em diferentes comunidades, classificou-se as famílias em escalas de risco, a fim de priorizar VD nas famílias classificadas como mais vulneráveis.
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