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Na unidade anterior, você acompanhou a ida de Juliana para o município de Ponte das Flores e os desafios do reconhecimento deste novo local de trabalho.

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Nesta unidade, Juliana chegará em seu posto de trabalho que fica na zona rural do município, o distrito de Laranjal.

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Na Unidade Básica de Saúde de Laranjal, Juliana inicia seu trabalho com os demais profissionais de saúde.

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A enfermeira Anamara começa a atualizar Juliana sobre a situação no território.

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A fim de conhecer melhor o terreno onde está pisando, Juliana analisará a Ficha A do Sistema de Informações da Atenção Básica (SIAB) e uma Apresentação da equipe com quem vai trabalhar. Clique nesses documentos e veja o que ela descobriu.

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Juliana fica intrigada com um termo que viu no diagnóstico do distrito de Laranjal: territorialização. Lembra que já leu sobre isso, mas deseja entender melhor e faz pesquisas em torno do tema.

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Territorialização

Conceber a territorialização como um fundamento da organização da atenção básica é se responsabilizar pelo acompanhamento de uma população determinada, de forma a criar vínculo, acompanhar longitudinalmente as famílias, suas histórias, conhecendo as necessidades do lugar onde a população está.

O modelo prioritário de atenção básica no Brasil, hoje, é a ESF, cujo conceito de territorialização é um dos pressupostos básicos do processo de trabalho. Ele pode ser compreendido em pelo menos três sentidos: demarcação de limites das áreas de atuação dos serviços; reconhecimento do ambiente, população e dinâmica social existente nessas áreas; e estabelecimento de relações horizontais com outros serviços adjacentes e verticais com centros de referência. Além disso, é a base para o planejamento das ações em saúde baseada nas necessidades daquela população específica e está diretamente ligada à construção do vínculo profissional-comunidade. (MONKEN e BARCELLOS, 2007, p.211)

Dessa forma, algumas definições são importantes para entender esse cotidiano de trabalho “territorializado” e das práticas de saúde de uma equipe de saúde da família, listados do menor nível para o maior nível de atenção dessas equipes:

  • Família/domicílio – local de residência da família, considerando o conceito de família para além de laços sanguíneos e/ou família nuclear, como o conjunto de moradores daquele domicílio. Não há um número máximo de domicílios a ser acompanhado por uma equipe.
  • Microárea – área de atuação do ACS, delimitada pela lógica da homogeneidade sócio-econômica-sanitária. Cada ACS costuma acompanhar uma ou mais microáreas, desde que, não ultrapasse o limite de 150 famílias ou 750 pessoas. Essas microáreas configuram-se como as menores unidades de planejamento de base populacional, permitindo identificar as necessidades em saúde.
  • Território adscrito – território sob responsabilidade de uma equipe de saúde da família. É composto por algumas microáreas e um número limitado de famílias que essa equipe deve acompanhar, o que significa um número entre 2.400 e 4.000 pessoas.
  • Área – delimitação de uma área de abrangência de uma unidade de saúde, sendo a área de atuação de ESF.
  • Distrito sanitário – delimitação político-administrativa utilizada para organização do sistema de atenção. Tem como extensão territorial: o município, as subprefeituras, as regiões administrativas, ou os bairros (MONKEN e BARCELLOS, 2007, p. 213-214).
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Diante dessas definições e conceitos, podemos fazer algumas observações importantes sobre essa temática:

  • a delimitação numérica de responsabilidade das equipes é uma condição para o financiamento em saúde pelo setor federal;
  • garantir que uma área delimitada tenha características similares entre aspectos populacionais, políticos, comunitários, epidemiológicos, e de organização de serviços, não é de fácil convergência.
  • a territorialização não deve se constituir na prática como uma limitadora do acesso da população aos serviços de saúde. A compreensão deve ser de organização para um melhor acompanhamento, porém, ao chegar um usuário que não é do “território adscrito”, a equipe de atenção primária precisa estar apta a atender a demanda espontânea e indicar a equipe de acompanhamento deste. Caso sua área não esteja coberta, é necessário organizar-se para o acompanhamento deste, ampliando a capacidade de resolutividade da APS.

Para ler mais sobre esse tema, acesse o texto “Vigilância em Saúde e a Atenção Básica: os territórios do Programa Saúde da Família” em O Território na Promoção e Vigilância em Saúde. Você pode ver também o que diz a PNAB na página 55.

Você pode ler mais informações sobre territorialização no módulo “Acolhimento e demanda espontânea” produzido pela Fiocruz/Ensp.

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A partir de agora, você terá a oportunidade de acompanhar a rotina de Juliana. Vamos ver como ela vai começar a compreender, organizar e conduzir sua nova rotina?

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O primeiro contato...

Juliana inicia o trabalho com a equipe da Unidade Básica de Saúde.

Repare que a Anamara levantou uma questão muito interessante. Saiba mais sobre o processo saúde-doença-cuidado.

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Ainda na reunião de equipe, Juliana descobre mais sobre D. Francisca

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Aqui temos o familiograma/genograma. Ele, juntamente com o prontuário da família de Dona Francisca, nos dá um bom panorama inicial para pensar as intervenções para essa família. Note que, além de ser uma família grande, os poucos que trabalham obtém sua renda no mercado informal. Por outro lado, é uma família que necessita de amparo do SUS.

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Ainda na reunião de equipe...

Você sabia que podemos utilizar um instrumento para elaborar um PTS? Além desse, existem outros que nos auxiliam a organizar nossa rotina. Na próxima tela você vai conhecer a Estante de Ferramentas do Processo de Trabalho na Atenção Básica.

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Estante de Ferramentas do Processo de Trabalho na Atenção Básica *

Aqui, você encontra os principais instrumentos utilizados em sua rotina a fim de que você organize melhor seu processo de trabalho.

* Essas concepções foram selecionadas para efeito de síntese e representam algumas das descrições possíveis na bibliografia sobre cada tema.

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Ainda na reunião de equipe...

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Fim do primeiro dia: Juliana chega em casa cansada, confusa, e procura logo seus textos e a PNAB para entender melhor sua nova rotina e buscar orientações.

[...] O trabalho é compartimentalizado, cada grupo profissional se organiza e presta parte da assistência de saúde separado dos demais, muitas vezes duplicando esforços e até tomando atitudes contraditórias. Os profissionais envolvidos dominam os conhecimentos para o exercício das atividades específicas de sua qualificação profissional, no entanto, os médicos, no âmbito do trabalho coletivo institucional, ao mesmo tempo que dominam o processo de trabalho em saúde, delegam campos de atividades a outros profissionais de saúde como enfermagem, nutrição, fisioterapia, etc. Esses profissionais executam atividades delegadas mas mantêm certo espaço de decisão e domínio de conhecimentos, típico do trabalho profissional […] (RIBEIRO, PIRES e BLANK, 2004, p. 440).

Juliana fica intrigada:
Humm, será que esse trecho é o que melhor reflete o trabalho na atenção básica?

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Isso se aproxima com o que discutimos na reunião hoje. Mas e na prática?
Juliana concorda e continua com a leitura do texto.

[...] A expressão multidimensional das necessidades de saúde, sejam elas individuais ou coletivas, o conhecimento sobre o complexo objeto e as intervenções nele – processo saúde-doença de indivíduos e/ou grupos, requerem múltiplos sujeitos para darem conta da totalidade das ações, demandando a recomposição dos trabalhos especializados, com vistas à assistência integral. [...] Trabalho em equipe de modo integrado significa conectar diferentes processos de trabalho envolvidos, com base em um certo conhecimento acerca do trabalho do outro e valorizando a participação deste na produção de cuidados; é construir consensos quanto aos objetivos e resultados a serem alcançados pelo conjunto dos profissionais, bem como quanto à maneira mais adequada de atingi-los. [...] O trabalho em equipe é o trabalho que se compartilha, negociando-se as distintas necessidades de decisões técnicas, uma vez que seus saberes operantes particulares levam a bases distintas de julgamentos e de tomada de decisão quanto a assistência ou cuidados a se prestar (RIBEIRO, PIRES E BLANK, 2004, p. 444).

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Por meio dessa reflexão sobre o trabalho em equipe, Juliana pensa alguns de seus potenciais:

  1. Integrar conhecimentos em prol de objetivos comuns;
  2. Criar processos de responsabilização coletiva sobre o trabalho;
  3. Possibilitar mudanças nas práticas de cuidado em saúde;
  4. Potencializar a tomada de decisão por meio de saberes diferenciados e integrados;
  5. Cada profissional consegue extrapolar seu campo de conhecimento, pois conhece outras visões/caminhos sobre o mesmo tema.
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Além de suas reflexões sobre o processo de trabalho, Juliana chega a conclusão de que precisa saber exatamente quais as atribuições de cada membro da equipe. Você sabe precisamente quais são?

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Mesmo que cada um possua suas atribuições específicas, todos fazem parte da mesma equipe de saúde.

Descubra as palavras-chave do processo de trabalho e clique para conhecer algumas das atribuições comuns da equipe neste jogo de caça-palavras.

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No dia seguinte, Juliana passa o dia conhecendo mais sobre as famílias atendidas,
olhando os prontuários, conhecendo os demais profissionais…

Saiba mais sobre a Saúde Bucal.

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Apesar da vontade de intervir, Juliana achou por bem entender o funcionamento de uma equipe de saúde da família, para ficar mais à vontade. Ao final do dia…

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De fato o acolhimento e o processo de trabalho são questões centrais na prática da atenção básica.

Você pode conhecer mais sobre acolhimento e processo de trabalho no módulo “Acolhimento e Demanda Espontânea” produzido pela Fiocruz/Ensp.
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Ao chegar em casa, Juliana procura se preparar para a visita à comunidade. Leia um dos trechos que ela encontrou.

A Visita Domiciliar possibilita a aproximação do cotidiano dos usuários pelos profissionais que utilizam este instrumento, os quais podem observar as interações familiares e a rede social em que aquele está inserido, o que favorece o entendimento do indivíduo em todos os aspectos a partir das causas sociais. A Visita Domiciliar possibilita o envolvimento do profissional com o usuário, favorecendo um atendimento mais humanizado, o qual vai além do procedimento técnico por envolver a subjetividade e o vínculo afetivo e solidário. Apesar de a Visita Domiciliar possibilitar o desenvolvimento de ações educativas, o profissional precisa trabalhar em uma perspectiva de contribuição para o exercício da cidadania, enxergando o usuário como um sujeito social (TEIXEIRA, 2009).

Para aprofundar seus conhecimentos sobre visita domiciliar, leia os textos a seguir.
Visita domiciliar: um instrumento de intervenção
Vivenciando a visita domiciliar apesar de tudo
Visita domiciliar

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Juliana reflete:
Agora já tenho bastantes questões para conversar com os ACS e para colaborar na visita de amanhã.

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No dia seguinte, a equipe se encontra na unidade para percorrer Laranjal de carro.

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Juliana sentiu um estranhamento inicial. Tudo era muito longe!

Muitas partes queimadas e outras mais distantes com plantações de laranja...

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Construções precárias…

Esgoto a céu aberto, poucas pessoas na rua, mototáxi, mãe catando piolho em criança, chão de terra batida, muita poeira.

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Agora, junte-se a Juliana para descobrir um pouco mais sobre Laranjal. Clique em cada local do mapa para acompanhar o trajeto feito pela médica e veja o que o ACS tem para dizer.

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E você?! Consegue ter uma visão abrangente do município em que trabalha, assim como Juliana busca ter?

De posse desse conhecimento sobre o território, conhecemos melhor nossos pacientes, seus costumes, rotinas e dificuldades. Mas não se esqueça de que algumas dessas informações só são obtidas indo à rua.

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Juliana chega em casa de cabeça cheia de reflexões e questionamentos, toma em mãos o caderninho e escreve…

Depois de andar muito, impactada, vi o quão difícil e surpreendente era ser estrangeira. As ruas de chão, a dispersão das pessoas, um lugar aparentemente tão vazio, mas ao mesmo tempo cheio de vida. Senti que poderia ser útil naquele lugar. Será?

E que lugar era aquele que ao mesmo tempo me causava mal-estar, talvez pelo silêncio, pela geografia diferente, pelas contradições, mas que também motivava e dava energia para construir um bom trabalho, pois era nítida a dificuldade de acesso e de condições de vida. Um misto de sentimentos me dominava e uma certeza que ali poderia construir um caminho. Era tudo novo, desafiador. Faltam-me palavras para descrever as cenas que ali presenciei: de um lado, um grande vazio e muitas queimadas, de outro, plantações de laranja aparentemente lindíssimas, mas com trabalhadores bem sofridos. Ser estrangeiro parece não ser fácil.

Resta agora acolher aquele espaço, as pessoas que ali circulam, de tal modo que o vínculo seja construído. As únicas certezas que tenho: podemos melhorar as condições de saúde desse lugar... é um direito das pessoas e o meu papel! Aqui começo uma parte importantíssima da minha vida”.

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No dia seguinte, Juliana articula com Anamara uma reunião de equipe para compartilhar/discutir a VD.
Selecione uma das falas de Juliana, prossiga na história e veja como você se sairia nessa reunião de equipe.

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Depois de conversar sobre o território, a equipe decide sobre a intervenção de Dona Francisca.

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Cuidado em saúde tem a ver com construção de cidadania/autonomia. Ontem, pesquisando, achei um texto que me ajudou nessa reflexão e queria finalizar a reunião compartilhando com vocês. Vejam só.
Necessidade de autonomia e autocuidado na construção do “modo de andar a vida” (a construção do sujeito)

Busca-se demonstrar que a passividade do paciente ou da comunidade é, geralmente, um entrave à cura, à prevenção e à promoção da saúde. A luta pela autonomia, que inclui a questão do autocuidado, constitui-se, então, como a forma mais contundente de combate à medicalização da sociedade.

De acordo com Campos, o objetivo dos serviços de saúde seria a ampliação da capacidade de autonomia das pessoas. Para tanto, faz-se necessária a compreensão de que a doença ou o risco de adoecer pode cobrar das instituições um apoio de longo curso [para] a construção desta autonomia, o paciente curado depende de uma combinação de técnicas de apoio individual (fármacos, atenção clínica, acesso às informações, reabilitação física, referência [em casos de] crises), com outras de feição mais sócio-cultural (socialização, capacitação para o trabalho, para a convivência, para viver em um mundo de conflitos e disputas). (CAMPOS apud CECÍLIO e MATSUMOTO, 2006, p. 47).

A autonomia implica a possibilidade de reconstrução, pelos sujeitos, dos sentidos de sua vida, e esta ressignificação teria peso efetivo no seu modo de viver, incluindo-se aí a luta pela satisfação de suas necessidades, de forma mais ampla possível.

A necessidade de autonomia é bastante trabalhada no campo da educação em saúde. Entretanto, conforme já discutido, a informação e a educação em saúde são apenas parte deste processo (SILVA et al., 2007, p. 173 e 174).

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Ainda na discussão sobre a intervenção de D. Francisca.

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Passada a discussão, iniciou-se o planejamento das ações e distribuições de tarefa entre a equipe.

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Juliana apresenta a sistematização das ações para a equipe, visando melhor organização do processo de trabalho.

Para conhecer mais sobre essas ações, consulte nossa Estante de Ferramentas do Processo de Trabalho na Atenção Básica
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É hora de mobilização!

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Foi grande a divulgação da assembleia e enfim chegou o grande dia…

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Hora do consenso...

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Note que, por meio da assembleia, foi possível pensar sobre a importância da participação da comunidade, seja enquanto organização, seja enquanto agente transformador da realidade. Quem vivencia e conhece os problemas tem grande potencial de buscar soluções conjuntas, incentivar responsabilidades coletivas e reivindicar ao setor público.

Participação da comunidade ou participação social é um conceito utilizado principalmente em dois sentidos:

  • O primeiro, mais amplo, trata-se da importância da adesão dos indivíduos na organização da sociedade, remetendo a aspectos relacionais, de coesão e mudança social.
  • O segundo, de caráter político, aproxima-se do conceito de democratização ou “participação ampla dos cidadãos nos processos decisórios em uma dada sociedade. Representa a consolidação, no pensamento social, de um longo processo histórico.”

Para saber mais, veja a definição de participação social no Dicionário de Educação Profissional em Saúde.

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Uma semana depois, a equipe volta a se reunir para a atualização do SIAB.

Saiba mais sobre o SIAB.

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Atenção Básica e Informações em Saúde

A reestruturação da atenção básica nos últimos anos, cada vez mais, vem acompanhada de indicadores e metas para avaliar os avanços e desafios nesse modelo.

Pensar em institucionalizar mecanismos de acompanhamento e avaliação envolve a apropriação dos profissionais das ferramentas de avaliação, de forma a inserir tal prática no cotidiano do trabalho.

Dessa forma, um aspecto fundamental é a produção e o uso das informações em saúde. Na atenção básica, em especial, por meio do SIAB, as informações permitiram esse planejamento, controle e avaliação das ações em saúde tanto pelas equipes, como pelas UBS como pelos municípios. Porém, a maior dificuldade é modificar a lógica de apropriação burocrática das informações, que são utilizadas, na maioria das vezes, para cumprir normas institucionais ou de financiamento. É parte integral do trabalho em saúde que os profissionais se apropriem das informações produzidas por eles mesmos, a fim de potencializar o papel de todos os agentes não só na produção, mas no cuidado em saúde.

Hoje, um dos principais programas do Ministério da Saúde consiste em avaliar as equipes de atenção básica. No Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ) é valorizado esse componente da autoavaliação pelas próprias equipes.


Avaliações: Abordagens e Modelos. LASER/ENSP. Setembro de 2013

Para se aprofundar sobre esse assunto, leia o capítulo Notas sobre o Planejamento em Saúde, página 163 do livro:


Políticas de Saúde: organização e operacionalização do Sistema Único de Saúde
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Nossa unidade e também o módulo estão chegando ao fim, mas a história de Juliana, agora médica de família, está apenas começando. E a sua?

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Você chegou ao fim desse módulo e dessa unidade.

Junto com a Juliana podemos acompanhar a disputa e a luta pelo direito à saúde no Brasil, bem como, as estratégias e os processos que procuram fazer chegar a efetivação do acesso e da atenção integral à saúde em todo o país.

E esse é apenas o começo! O começo de uma luta que pertence a você trabalhador do SUS, a você médico e a você cidadão brasileiro.

São muitos os desafios, são inúmeros os obstáculos mas no SUS, especialmente na atenção básica, temos o privilégio de transformar o direito em ação, em cuidado, em realidade para cada brasileiro. Podemos conhecer as formas e condições de vida nos territórios, construindo  redes de solidariedade e de participação democrática, estreitando as relações da sociedade com o SUS. Afinal, o SUS é um patrimônio da sociedade brasileira e depende de cada um de nós para mantê-lo e fazer da saúde um direito de todos.

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